PRBS? Jamais!

16 março, 2009

Quando digo as pessoas que estudo jornalismo, logo me perguntam se eu quero trabalhar na RBS. Prontamente respondo dizendo um seco não.

Quer dizer, como dizem que “em época de guerra, qualquer buraco é trincheira” não vou dizer que NUNCA trabalharei lá. Porém, só o farei em caso de extrema necessidade financeira. Mas posso dizer com todas as palavras que NUNCA exercerei minha profissão naquele antro por vontade própria.

E posso dizer isso, por discordar completamente de sua política e não agir dentro daquilo que a gente aprende na acadêmia de comunicação, sobre integridade, imparcialidade, veracidade dos fatos, além da, sempre almejada, liberdade de imprensa.

Sei que muito do que aprendemos é baléla, mas poderia existir um esforcinho, né?

O motivo que me fez escrever este post, refere-se em especial, a este parágrafo:

“(…)

 Com as atribuições esvaziadas pelos superiores, na prática Protógenes apenas cumpre expediente. Seus compromissos mais frequentes são as palestras que tem ministrado em universidades e sindicatos, verborragia que a PF quer estancar. Em breve, ele não será mais autorizado a deixar o trabalho para pregar contra o governo, a oposição, a polícia, a Justiça, a imprensa e, claro, contra Dantas, a quem só se refere como “banqueiro bandido”.

(…)”

Será que o jornalista Fábio Schaffner, que escreveu tal reportagem, esqueceu de ouvir o outro lado da história? Ou será que o uso de palavras como “verbofagia” e “pregar” foram mera casualidade por falta de expressões mais adequadas? Será que ele não sabe que a VEJA não serve como fonte?

Mas o que mais me tira do sério, além do fato da clara posição deste, dito jornalista, é a forma como ele consegue tenta transformar Protógenes Queiróz em bandido, quando na verdade, deveria ser visto como uma pessoa que tenta combater a corrupção.

Protogénes prende o ex prefeito de São Paulo, Celso Pitta, o banqueiro Daniel Dantas e o especulador Naji Nahas, por diversas fraudes e, diversas mídias, não só a ZH, tentam de todas as maneiras transformá-lo em bandido, enquanto os verdadeiros bandidos, eles passam por santinhos.

Todo mundo sabe que a comunicação, em especial o jornalismo, é o quarto poder. É a maior ferramenta que se pode ter nas mãos, pois ela pode erguer e destruir, pode ajudar, como pode derrubar. Não é do meu interesse me tornar parte desta máfia, que busca de forma discreta, formar a opinião de seu público.

Quem for esperto se liga na malandragem casual que te injetam diariamente.


Segurança, justiça e outras coisas desconhecidas

12 março, 2009

Alguém aqui já foi assaltado? Pois é, eu já. Algumas vezes. E posso garantir a vocês que não é das melhores sensações a sentir. Na real é uma merda. Imagina, todas aquelas coisas que você suou para comprar, que teve que parcelar em algumas vezes para poder ter, ser levada por um sujeito que já perdeu a crença no mundo e que irá vender tudo por uma pechincha para comprar pedras de crack.

É uma indignação sem tamanho. Se não bastasse, a polícia que deveria nos proteger, nunca, eu disse NUNCA, cumpre seu papel. Como de praxe, após ser chamada, leva em torno de meia hora para aparecer. É óbvio que com esse tempo, não jeito para buscar qualquer ladrão.

As vezes, eles até sabem a onde vão. Mas porque eles iriam buscar alguns viciados em crack armados, que, loucos da pedra, não tem nada a perder? Se a polícia aparecesse onde estão, com certeza tomariam chumbo grosso.

Se ao menos recebesse um salário digno, talvez a situação fosse outra…

Enfim. O que quero dizer é que ser assaltado não é só uma merda. É uma bosta. Então você começa a pensar naquelas coisas a respeito do desapego ao material. E funciona, afinal, você saiu com vida daquele 1 minuto que mistura fúria, adrenalina e tensão.

Tirando a chatiçe de ter que refazer documentos e tudo aquilo que havia dentro da carteira, você sabe que está vivo. Que nada lhe aconteceu a não ser o abalo moral. A injustiça social.

Mas por pior abalo que a sua moral tenha, tu se recupera. Aquelas coisas que tu tinha, tu recupera. Mas e como fica a pessoa em caso de quem roubaram a dignidade?

Oras, eu acredito que o estupro também é um tipo de roubo. Roubam a liberdade de escolha. Sujeitos sem escrúpulos utilizam-se de força para conseguir o querem. Como em um assalto. E muitas vezes, roubam a infância.

E esse tipo de assalto, com certeza, é abalo emocional que a vítima levará consigo para sempre.

Todos devem ter acompanhado o caso da menina de 9 anos que foi estuprada pelo padrasto e que engravidou de gêmeos. Pois é. Como se não bastasse tudo que lhe foi levado, a igreja católica acredita que não foi o bastante. Deveriam ter levado também a sua vida.

A menina nem tem seu corpo formado ainda e já estava gravida. DE GEMEOS! Em que condições físicas essa menina teria para ter estes bebês? A resposta é óbvia: nenhuma! Provavelmente morreria, antes mesmo de completar os nove meses de gestação.

A coisa mais sensata a fazer, é lógico, seria realizar um aborto. E foi o que aconteceu. Porém, a igreja católica acha que isso sim foi um crime. Não contente, excomungou todos os médicos que participaram da ação, a mãe da menina que concordou com o ato. E o padrasto? As leis da igreja não tem nada que diz sobre aborto, então, nada lhe aconteceu. Quer dizer, foi preso. A essa hora, já deve ter perdido as pregas, pois virou a mocinha da cela em que reside agora. Esse aí vai pagar o seus pecados pelas útlimas 10 vidas que ele teve.

E se não bastasse, um arcebispo ortodoxo que acredita que um estupro é terrivel, mas um aborto é pior, e teve o apoio do Vaticano em suas declarações, contratou um grupo de advogados para processar a mãe da menina.

Que mundo é esse? Que país é esse, que ainda tem gente que é contra o aborto e o direito a liberdade de escolha. O direito a vida. 

O que acho mais engraçado, é que no Seminários – local de formação de padres – , é onde há o maior número de casos de pedofilia. Pera aí. Se os seminários são para formação de padres, imagina-se que só tenha homens. E se só há homens e é onde onde ocorrem casos de pedofília, imagina-se que??? Se você pensou em abuso de crianças por parte dos padres, pensou certo. E NINGUÉM FAZ NADA!!!

Até fazem. Os padres processam quem menos tem culpa disso tudo. A mãe da menina, que pensando no bem dela, na vida que ela tem pela frente, na infância que lhe foi levada, autorizou o aborto.

Autoridades, tá na hora das coisas mudarem. Vamos botar a cabeça em 2009 e ver que não dá mais pra viver como a 100 anos atrás. A igreja não tem mais nenhuma influência. Obedecer o que eles dizem, é um atraso para a sociedade.

Ser excomungado, nos dias de hoje, não significa mais nada. Se tu é batizado, tu deixa de ser. Se tu é catequisado, tu deixa de ser. Se tu é crismado, tu deixa de ser. Se tu casou na igreja, tu deixa de ser. Se tu não é, não pode casar. Agora eu pergunto: E daí?

Se  é para o avanço da sociedade e a queda da igreja católica, eu também quero ser excomungado!

LEGALIZAÇÃO DO ABORTO, JÁ!!!


A culpa é de quem?

12 março, 2009

Os torcedores gremistas devem estar em crise. A direção do tricolor havia afirmado que em caso de mal resultado no jogo contra o Boyacá Chicó, na Colômbia, Roth iria conhecer o olho da rua.

Como é de conhecimento geral, os torcedores tem ido ao estádio pedir a cabeça do técnico, porém, o jogo de ontem, não era apenas uma simples partida. Ela valia o ganha-pão do treinador e uma boa colocação do time na Libertadores.

Creio que muitos torcedores deveriam estar torcendo para que acontecesse um empate mediocre, assim o Grêmio não ficaria numa situação tão desconfortável na Copa e Roth iria, de mala e cuia, pegar um táxi na Carlos Barbosa direto pra qualquer lugar bem longe do Olímpico.

Mas e agora? O Grêmio venceu e o Roth ficou. Os torcedores comemoram ou ficam de cara?

A questão crucial me parece, não ter sido a permanencia de Celso, mas a vitória pífea do Grêmio em cima do fraquissimo time colombiano.

Apesar dos três pontos somados na Copa, o tricolor não fez uma boa partida. E desta vez, Roth não poderá ser responsável pelos acontecimentos.

Precionado pela torcida e pela direção, além de sentir um friozinho na barriga por ter sua cabeça a prêmio, o técnico, engoliu a seco o seu orgulho e desistiu de usar o 3-6-1 partindo pro jogo numa estratégia que alternava entre o 4-4-2 e o 3-5-2, onde Réver estava, ora exercendo funão de zagueiro, ora ia mais ao meio exercer função de volante.

Particularmente achei a idéia muito boa. Fechou atrás e o Victor não teve nenhuma preocupação séria.

Porém, assim como o jogo contra o Universidad do Chile, o Grêmio foi superior em campo, mas desperdiçou muitas chances de gol, perdendo novamente uma boa oportunidade de aplicar uma goleada.

Foram ao todo 10 chances claras de gol, sendo que três delas foram em menos de um minuto. Jonas conseguiu a façanha de errar o gol três vezes seguidas, na mesma jogada.

Me parece que em duas partidas ter 24 chances de gol desperdiçadas, não pode ser responsabilidade do treinador. Ele não está em campo. O máximo que ele pode fazer é ir até a beirada e dar ordens aos seus jogadores. Mas não pode dizer a eles a hora de passar, ou de chutar a gol. Se alguém acredita nisso, deve estar jogando Winning Eleven 9 demais.

Na noite de ontem, vimos que o problema não está apenas no Celso Roth, mas no grupo como um todo. Em especial no ataque, que apesar de grandes nomes, parece que ainda não está bem afinado para disputar grandes competições.


Cadê o binóculos?

11 março, 2009

Foto: Dida Sampaio – AE

 


Cansei

3 março, 2009

Eu sempre fui um defensor do Celso Roth. Quer dizer, logo que ele veio treinar o Grêmio, no ínicio do ano passado, não fui muito a favor, mas com o tempo ele mostrou merecer o meu respeito.

Mesmo com o tropeço do final do ano, que começou quando o Grêmio perdeu pro Goias em casa e acabou ficando em segundo lugar no Brasileirão, eu mantive uma posição pró-Roth.

Na realidade, acho até que ele conseguiu fazer certos milagres, ainda mais com o time que o Grêmio tinha. Ou melhor, o time que não tinha. Na época, o tricolor não tinha time. E mesmo assim conseguiu ficar em segundo.

O título era possível e estava nas nossas mãos, mas não responsabilizo Roth por isso. O Grêmio não estava preparado para o título. Não tinha braço pra isso. (É duro reconhecer isso, mas é verdade). Diferentemente do São Paulo, que trabalha com a mesma equipe a muito mais tempo, além de ter um dos melhores elencos do Brasil.

Porém, paciência tem limites. E a minha já está esgotando.

Quando Roth quis usar o 3-6-1, eu fui a favor. Acreditei que poderia dar certo. Afinal, já vi o Milan usar a mesma tática na época de George Weah no fim da década de 90 (nossa, como é estranho se referir a década de 90 como um passado distante) e depois com shevchenko  mais recentemente e conquistar excelentes vitórias.

Só que eu não me liguei em dois detalhes:

1º O time do Milan, assim como a maioria dos times italianos, são retranqueiros por tradição. Nos últimos anos têm mudado sua postura e partido mais pro ataque, chegando a jogar num 4-4-2 bem ofensivo.

2º O futebol italiano é completamente diferente do futebol brasileiro. E isso faz toda a diferença. Lá se joga em dois toques. Aqui são outros quinhentos.

Ou seja. jogar no 3-6-1 não é algo muito inteligente no futebol brasileiro. Mas mesmo assim, acreditei que o inovador poderia surpreender.

Mas não surpreendeu. Peredemos TODAS as partidas que utilizamos desta tática. Na verdade, ganhamos uma. Mas a vitória só veio quando Roth tirou um meia e pôs mais um atacante, passando pro 3-5-2.

Após a excelente partida contra o Universidad do Chile, quarta-feira passada, mesmo o Grêmio não tendo vencido, o time mostrou que funciona muito melhor com dois atacantes a frente. A prova disso foi que tivemos 13 oportunidades de gol além de quase 80% de posse de bola. A bola não entrou por mero detalhe.

O mesmo ocorreu dias antes, quando o Grêmio ganhou do Brasil de Pelotas, uma semana antes, por 3×0 também utilizando dois atacantes.

Quanta eficiência do ataque.

Visto que o Grêmio joga muito melhor com dois no ataque, que a torcida aclamava por dois atacantes, que os próprios jogadores esperavam jogar com dois a frente, POR QUE RAIOS O CELSO ROTH QUIS USAR A FALIDA 3-6-1 no GRE-nal???

Além de saber que a estratégia é falida, partir pra defensiva em um GRE-nal no Beira-Rio lotado, onde o time do Inter – e eu odeio ter que reconhecer isso – tem o melhor ataque do campeonato, não é ignorância. É burrice!

Além disso tudo, se tivesse vencido o turno, poderiamos jogar o returno com os reservas e nos dedicar integralmente pra Libertadores, pois já garantiriamos uma vaga pra final do Gauchão.

Caramba, o que passa na cabeça desse cara? Temos quatro atacantes fortes só pra ter nome no papel? E claro, por que quando o Grêmio empatou a partida, Roth voltou a se defender?

É melhor ele mudar de postura, ou mais cedo ou mais tarde sairá do cargo pra nunca mais voltar. Eu deposito em ti, uma última esperança. Não me desaponte.

E na Libertadores não esqueça que tens na mão Alex Mineiro, Jonas, Herrera e Maxi Lopes. USE-OS!