Cigarro e jornalismo

23 setembro, 2010

Apesar de não ser fumante, eu realmente acredito no poder que ele exerce na cabeça das milhares de mentes brilhantes espalhadas pelas mais variadas salas de redação do mundo. Talvez por se tratar de uma profissão demasiadamente estressante, o cigarro sirva como uma fuga das demais preocupações mundanas para que o jornalista se concentre única e exclusivamente no seu texto.

Na verdade, penso que há uma relação além disso. Rola uma sinceridade entre as reflexões do jornalista e as fumaças do cigarro. É como se aquelas nuvens de carbono abrissem portas de percepção e sensibilidade, criando um novo mundo de possibilidades nos pensamentos vagos do artista e escritor.

Melhora (ou piora, para os não fumantes como eu) quando estas mentes brilhantes se reunem, não só para fumar os seus cigarros, mas para compartilhar suas ideias. E estas ideias começam criando asas, até que as fumaças, como em uma dança se misturam, passando a tomar formas, que posteriormente são transformadas em textos de genialidades ímpares.

Mas como qualquer outro vício, o do cigarro é algo muito particular. Por isso, há quem, de maneira eogista (para a minha alegria), ou não, prefira simplesmente fumá-lo na individualidade do seu lar, ou, do seu momento de produção. E outros somam a este vício, o de tomar café, chimarrão, cerveja, cachaça, tequila, whisky…

É claro, cada uma dessas bebidas também trazem um pouco da sua particularidade (tudo na minha humilde opinião, é claro) mas que também tem o seu charme e influência na arte da produção de uma notícia.

Entretanto, falarei sobre estes vícios em outros posts…