Mundo B

22 outubro, 2010

As ideias vagam por pensamentos vazios e sem fundamentos, enquanto o coração que arde em chama tem vontade de explodir. O estomago embrulha, enquanto as horas não passam e a ansiedade tem de ser controlada, mesmo que forçosamente.

Há tempos que ele não passava por uma situação assim. Sentia-se um adolescente de 15 anos, mesmo beirando os 27. Talvez fosse mesmo um adolescente. Talvez mais, talvez fosse um garoto, uma criança. Era assim que ele se sentia. Mesmo tendo que tomar decisões importantes, afinal comandava um grupo de sete pessoas em uma ONG.

A ONG era conhecida como Seres da Terra, mas ela atuava, não só em ações ambientais, mas em atividades políticas, sociais e culturais. Seu público alvo era jovens universitários, que tinha interesse em conhecer algumas possibilidades de ajudar o mundo a não ir direto pro ralo e para isso organizava ações e intervenções criativas de conciência social.

Bom, o caso é que a tempos ele não via aquela garota e como de praxe, marcaram de se encontrar em um lugar nada convencional: em um parque de diversões.

“Caceta, quem é que marca um encontro num parque de diversões??” pensou ele, se lembrando que mesmo sendo uma quinta-feira no final da tarde, sempre há um milhão de crianças gritando, uivando, gospindo, vomitando… e normalmente é díficil manter uma conversa de qualquer cunho por mais de cinco minutos.