TEATRO NA CASA DE QUINTANA

24 junho, 2008

Apesar de todas as atrações culturais que a Casa de Cultura Mario Quintana oferece, uma das mais procuradas, com certeza, é o teatro.

A Casa conta com duas salas para apresentação de espetáculos em geral: O Teatro Bruno Kiefer, localizado no sexto andar da Ala Leste da Casa, é o maior espaço de apresentações da Casa, com capacidade para duzentos espectadores. Destina-se principalmente às montagens teatrais e shows musicais, dispondo de sistemas de luz e som próprios. O nome da sala é em homenagem a um dos fundadores da OSPA (Orquestra Sinfônica de Porto Alegre).

Já a segunda, chama-se Carlos Carvalho e localiza-se no segundo andar da ala oeste. Tem capacidade para cem espectadores e é destinado para apresentações de médio porte em geral. Carlos Carvalho foi jornalista, dramaturgo, ator e diretor teatral. A partir de 1968 sua carreira nas Artes Cênicas é impulsionada através do Curso de Direção Teatral do DAD – Departamento de Arte Dramática – Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Estas duas salas são usadas basicamente nos finais de semana, com apresentações nos turnos da tarde, começando às 15h, para o público infantil e para o público adulto no turno da noite a partir das 19h. Contudo, existem exceções como é o caso da peça “Garotos de Programa” que está em cartaz ao longo de todo mês de junho nas terças-feiras unicamente.

Existe ainda, a Sala Lili Inventa o Mundo, que é dedicada para apresentações teatrais e contações de histórias para escolas nas tardes de segunda a sexta-feira.

Lili Inventa o Mundo é o nome de um livro infantil do Mario Quintana, que em seu olhar sensível, descreve as descobertas e afirmações da menina Lili, e assim, as coisas de todo dia ganham sentido, brilho, beleza. Uma beleza às vezes triste, mas sempre abrindo espaço para a esperança.

A Casa de Cultura nos proporciona uma agenda bem difersificada de peças teatrais e o questionamento fica no ar: Com tanto espaço de cultura e lazer em um só lugar, porque as pessoas ainda insistem em ficar em casa nos fins de semana?


CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA: UM ESPAÇO DE DIVERSÃO E LAZER

24 junho, 2008

Famoso por servir de morada ao grande poeta Mario Quintana nos anos de 1968 a 1980, enquanto ainda era o conhecido Hotel Majestic, a Casa de Cultura Mario Quintana, é um dos melhores espaços culturais que a cidade pode oferecer.

Localizada no coração de Porto Alegre, próximo ao Mercado Público e ao lado da Praça da Alfândega, a Casa de Cultura conta com atrações para todas as idades e para todos os gostos, proporcionando a cada semana novas experiências e emoções.

Peças de teatro, exposições de fotos e artes plásticas, oficinas culturais diversas e contação de histórias, são atrações que estão sempre em alta na Casa de Cultura. Sem falar do cinema, que sempre procura trazer filmes bem distintos daqueles que estamos acostumados a ver nas salas de cinema dos grandes shoppings.

Além de todos os atrativos culturais o espaço ainda reserva uma biblioteca com uma diversidade ínfima de livros para todos os leitores e leitoras e uma ludoteca, ou sala de jogos de tabuleiro, como quiserem chamar, que é sempre procurada pelo público jovem nas tardes de sábado. E não pára por aí. Um restaurante no térreo e um café bar no alto do prédio, que, no final das tardes, encanta os visitantes do lugar com um belíssimo pôr-do-sol no horizonte, completam as opções de lazer que se pode encontrar na Casa.

Com toda essa diversidade, o publico da Casa é o mais variado possível. Desde executivos, que vão ao restaurante na hora do almoço ou fazer um Happy Hour na saída do trabalho, no Café, que também é freqüentado por casais, por ter uma linda vista do céu, do sol e do Guaíba. Pessoas que ainda dão valor as peças de teatro, ou que apreciam um cinema fora dos padrões Holywoodianos, também são sempre vistos passeando por lá. Artistas, poetas, músicos dentre outras pessoas da cena cultural de Porto Alegre, também sempre são vistas lá.

Apesar do que parece, a Casa de Cultura Mario Quintana não é um espaço único e exclusivo para os adultos. Pelo contrario. Atividades infantis são as mais procuradas pelos visitantes, que nos fins de semana levam seus filhos para passeios que já não são mais feitos com tanta freqüência. Nas tardes dos sábados e domingos, as salas de teatro são voltadas para o publico infantil. Além disso, a criançada tem o quinto andar só para elas. Isso mesmo, o quinto andar da Casa de Cultura é todo voltado para as crianças.

Lá se encontra a sala de Oficina de Arte Sapato Florido, para recreação infantil, onde também acontecem as contações de histórias, o Museu do Brinquedo com peças realmente incríveis, que valem a pena de ser lembrada, a Biblioteca Lucília Minssen, dedicada às crianças Além da sala de jogos.

Ainda no quinto andar, encontra-se a Sala Lili Inventa o Mundo, que serve para atrações infantis nos dias de semana. E tem o Jardim Lutzenberger que é um ótimo recanto para os pais que querem descansar e deixar seus filhos brincando sem se preocupar.

Com todas estas atrações e atividades diversas, não tem porque não dar uma passada lá nem que seja pra tomar um café vendo o sol se pôr, ou para apreciar alguma das belas artes que lá oferece.


Apesar de ofuscada, painel levanta questões importantes para a comunicação

10 junho, 2008

Ao longo da ultima semana, em comemoração aos 35 anos do curso de Comunicação Social na Unisinos, foi organizada a Semana da Comunicação. Nesta semana, ocorreram palestras e oficinas de todos os agrados ao longo de todo o dia. Na terça-feira, dentre as atividades que estavam ocorrendo no turno da noite, o painel “Democratização dos meios de comunicação” foi pouco procurada pelos estudantes de jornalismo. Talvez porque no mesmo dia ocorresse a tão esperada e polemica palestra com os assessores de comunicação do MST.

Apesar de ofuscado, o painel realizado no Diretório Acadêmico de Comunicação Social TUPAC AMARU contou com a presença de James Görgen do FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação), Josué Lopes da ABRAÇO (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária) e José Maria Nunes, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, além de aproximadamente 20 estudantes de comunicação.

A discussão levantou questões como o monopólio de redes privadas de televisão em cima de emissoras regionais, que ao todo somam 16 redes que detem o controle de um pouco mais de 80% das pequenas emissoras. Além disso, foi exposto através de slides a hegemonia da Rede Globo, que por ter maior controle que as outras emissoras em mídias como rádios, sites, jornais e revistas, além do grande controle em cima de outras emissoras de televisão, recebe um alto investimento publicitário por parte de empresas privadas e órgãos públicos. Um grande exemplo disso é o Grupo RBS, que possui controle de 55 meios de comunicação em todo o estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ainda sobre os investimentos publicitários, foram apresentados dados que mostram que mais de 90% dos investimentos nas emissoras de televisão atualmente, vem por parte da publicidade e propaganda.

Já as discussões sobre rádios trouxeram assuntos menos polêmicos, porem, não menos importantes. Foi debatido assuntos como o controle de mais da metade das rádios brasileiras que estão sob poder dos políticos prejudicando assim, o jornalismo livre e de verdade, tornando um defensor e propagandista de idéias de um sujeito e/ou partido. Além, é claro, de defender seus financiadores.

Josué Lopes acrescentou que a ABRAÇO apóia a queda da ANATEL por ela estar a serviço do sistema e de nenhuma maneira favorecer a democratização da comunicação.

Ao fim do Painel, José Maria falou sobre a comunicação como ensino e os rumos que vem tomando, trazendo para o grupo sua preocupação de perder a comunicação social para o que ele chama de comunicação de mercado. Ou seja, a perda da comunicação que além de formar um profissional, forma também um individuo, com opiniões e idéias livres, tornando o cidadão, um simples objeto que ao se formar, pouco tem de opinião própria e que só quer saber, de certa forma até inconsciente, um objeto de manipulação do mercado. Uma pessoa que está pronta para trabalhar, mas sem consciência alguma, que só aplica no seu dia-a-dia o que academia ensina, sem pensar, sem criar, sem transformar. Simplesmente aceitando tudo numa boa.